
Há no sul da Alemanha uma cidade de médio porte chamada Heidenheim an der Brenz, mais precisamente no estado de Baden-Württenberg. Lá é comum a adição do nome de um rio ao nome da cidade, o rio que passa por ela.
Nesta cidade existe um castelo, Hellenstein, nome que, traduzido para o português, significa "pedra clara".
O que importa não é necessariamente o nome do país, da cidade, do castelo... não importa quem morou nele, se morou, não importam as pedras claras nem se lá agora faz frio ou calor!
O que importa são os sons do alto da torre, das crianças girando em círculos, jogando folhas amarronzadas para o alto, se afundando na neve, correndo pelo gramado incrivelmente verde, lá em cima...
O tom monopolizante daquele branco gelo, branco neve, branco lembrança... ou o tom amarelo-vermelho-verde outonal, daquele espaço que parecia um jardim dos sonhos, medieval, fantasioso...
A brisa fresca, a sensação do sentar-sem-querer-mais-levantar, da paz!
Quanta paz... quantas sensações novíssimas, quantos poemas que nunca foram escritos e que se passavam pela minha mente em forma de cores, cheiros, texturas, luzes, sombras...
E hoje, a lembrança que tenho desse lugar, que não encontro mais, que não mais existe...
Esse lugar tão precioso que tenho em imagens, fotográficas e mentais... que já fazem parte de mim.
...um ano voa...