A eternidade é sempre alva sob a luz solar: infinita branquidão que transmite o único e necessário sentimento de mesmisse absoluta, celestial. Como uma gigantesca nuvem que engole tudo. Para sempre estagnada. Estabilizada. Fria como o branco.
Novos cheiros, novas complexidades, novas barreiras a transpor. Mas o branco é o mesmo branco de antes, sempre tão fiel a si mesmo, sempre tão eternamente inocente. Consome tudo, inunda o todo. E continua, sempre, em frente, em vão. O vão motivo de ser sempre assim tão mesmo em si. Tão forte e insistente. Uno.
Não há força que o manche, nem rio que o mescle. Não há o semitom das tardes, das manhãs, das madrugadas. Nem o escurecer do inverno. Não há variações. É sempre. É o ser sozinho. Sempre é.
E meia volta, volta inteira, volta e meia: eternamente imutável. É alvo!
Há 14 horas