quinta-feira, 10 de julho de 2008

DESPEDIDA

Estagnada nesta bolha

Paralisada

Passo e repasso minhas memórias

Faço e desfaço minhas mentiras


Escuto

o

Silêncio

e

Penso


A bolha se esvai na paisagem

Por sobre a relva, o orvalho, o luar

A voar sem destino, sem opção

Com o vento vai velejando vagarosamente e vã


E eu, a venerar essa paisagem que passa

Tão alheia ao mundo que acontece sem razão

Repenso meus dilemas eternos, minhas qualificações

Minhas verdades já tão sem sentido


Desnorteada

Desorientada

Descentralizada

Despedida


Partida


Vou-me

Solta

Vôo-me


Pra onde...

Pra longe...

Pra lá...

Pra depois...


... mudanças para sempre

... mistérios ocultos

2 comentários:

M. disse...

Gostei do seu blog! ;]

Gustavo Clark disse...

Um jeito interessante de expressar os sentimentos de partida...

Eu continuo dizendo apenas o que eu posso: Não suma! E não pare com as suas artes, sejam as fotos ou as composições aqui.